A principal característica de um Doutrinador desenvolvido não é “não incorporar”! Salve Deus! O que determinada a mediunidade de um Doutrinador é sua capacidade de expandir a consciência, observar e interpretar os fenômenos de maneira intuitiva e clara! O Doutrinador mediunizado é aquele que compreende e explica baseado no despertar de sua consciência transcendental. Recebe as intuições dos Mentores sem a necessidade de incorporar para “ouvir” as mensagens, ele verdadeiramente “sente” o fenômeno e torna-se capaz de traduzi-lo. Meu amigo e irmão, Renato Christo, perguntou-me sobre este tema e considerei conveniente desmistificar a condição do “doutrinador robô”, que apenas repete frases feitas, doutrinas pré-concebidas e não “sente e nem vê nada”. Na verdade o Doutrinador tem uma mediunidade tão clara quanto a do Apará! Pressente as energias e atua com rapidez nas mudanças que se apresentem. Em um atendimento nos Tronos, enquanto o Apará tem seus sentidos entorpecidos pela projeção da Entidade, o Doutrinador tem os mesmos sentidos aguçados. Passa a ouvir com mais clareza e por isso, muitas vezes, sente uma certa dificuldade de concentração em função dos ruídos. Ocorre que sua aura se expande e é como se dominasse todo o ambiente. Direcionando corretamente sua atenção ao atendimento, por vezes, pode visualizar mentalmente o quadro do paciente encarnado ou desencarnado. Não que “veja com os olhos físicos”, mas forma-se em sua mente a projeção, através das energias que capta do paciente, ou do irmãozinho, ali presente. Baseado nesta “visualização”, pode direcionar sua doutrina e de forma intuitiva atingir com maior precisão a necessidade espiritual vigente. Quando mais tarimbado pelos anos de trabalho espiritual, agirá com mais destreza e os fenômenos se descortinarão cada vez mais claramente aos seus olhos. Sim, o Doutrinador “vê” mentalmente e “sente” toda movimentação energética, e, como tudo que provêm da Luz, tem objetivo produtivo e útil. A sensibilidade mediúnica independe da característica mediúnica (Doutrinador ou Apará), depende da capacidade de mediunização! Kazagrande |
No início de nossa organização do Corpo Mediúnico, com a formação do Mestrado, Tia Neiva trouxe duas classificações diferentes para os Doutrinadores: Mestre Sol e Mestre Luz. O objetivo era que, pela sua Clarividência, já determinasse nos primeiros passos, a disposição transcendental do Mestre para determinados Comandos. Lembremos que o objetivo de trazer o Mestrado, pela Elevação de Espadas, era a preparação para a Estrela Candente. Com o descortinar de sua visão, para uma missão ainda maior, trazendo a Centúria e novas classificações, a determinação da primeira classificação, em Mestre Sol ou Mestre Luz, passou diretamente à intuição dos Devas. Assim como as Falanges de Mestrado e Povo. Nas primeiras classificações realizadas pelos Devas, além da natural intuição dos grandes Mestres Barros, Fróes, Capuchinho e Jorgito, levava-se em conta se o Mestre residia no Vale. Pois um Mestre residente teria mais facilidade para assumir os comandos e escalas, sendo consagrado como Mestre Luz. Hoje a diferença principal fica pela determinação preservada de que somente um Mestre Luz poderá comandar a Estrela Candente e o Sanday de Indução. Ambos são Doutrinadores e dispõem das mesmas forças. O Mestre Sol é o Regente da Estrela, obedece a escala do Primeiro Mestre Sol da Estrela Candente, Mestre Nelson Cardoso, Adjunto Janarã. Na Regência, ele ocupa o projetor de destaque e tem a missão de reger no trabalho em sua área Cabalística, ao passo que o Mestre Luz, obedecendo a escala de Comandantes Janatã, exerce o Comando verbal ativo. São apenas missões diferentes, ninguém é mais que ninguém! Kazagrande |