terça-feira, 24 de maio de 2011

MORADA DOS ESPIRITOS

Bem antigos são os registros de médiuns ou Espíritos que ditam particularidades sobre a vida extracorpórea, geralmente por eles preenchida por um colorido imaginativo e contaminada por um excessivo furor literário, muito impróprio à linguagem dos Espíritos superiores.

A experiência demonstra, contudo, que antiguidade não pode sempre ser associada à veradicidade.

A codificação kardeciana afirma que “o melhor [médium] é aquele que, simpatizando somente com os bons Espíritos, tem sido o menos enganado”, assim como sentencia que, “por muito bom que [o] seja, um médium jamais é tão perfeito, que não possa ser atacado por algum lado fraco”. [KARDEC. O Livro dos Médiuns, XX, 226, 9.ª e 10.ª

A Federação Espírita Brasileira, na figura do seu mais recente tradutor, ao publicar a mais recente tradução de O Livro dos Espíritos, no seu índice geral, abusa ao relacionar a palavra “colônia”, inexistente na obra, aos itens 234 a 236, que disto em absoluto não falam.

Tais questões tratam dos mundos transitórios, sem vida física, embora materiais, que servem para a “habitação transitória para os Espíritos”. Nada mais. Nenhuma palavra na obra, portanto, em relação às colônias.

Outro problema surge quando nomes ridículos são atribuídos às tais colônias: “Colônia das borboletas”, “Morada do Sol”, “Luz do Luar”, etc. etc. Tais nomes seriam mais ajustados para a indicação de hotéis materiais que aspiram abrigar turistas nas regiões praianas do Brasil.

Compactuar com esses abusos é dar armas aos nossos adversários.

Uma grave tendência sincrética de nosso movimento é absorver os elementos de outras crenças espiritualistas e, não raro, prematuros e contrários aos postulados doutrinários.

Vimos em determinadas reuniões doutrinárias a menção à “Lei de atração”, comumente confundida com o axioma eminentemente lógico do Espiritismo:

“Toda causa tem um efeito. Todo efeito inteligente possui um efeito inteligente. A grandeza da causa está na razão direta da grandeza dos efeitos que essa causa produz.”

A Lei de atração, tão registrada reuniões “modernas”, não corresponde a este axioma. A aproximação não pode ser feita, sob pena de leviandade.

Não discordamos, é claro, da existência dos aglomerados espirituais. A experiência histórica kardeciana prevê a existência deles em seus registros:

“Os mundos intermediários são povoados de espíritos esperando a prova da encarnação, ou aí se preparando de novo, segundo seu grau de adiantamento. Os espíritos, nesses viveiros da vida eterna, estão agrupados e divididos em grandes tribos, uns adiante, outros em atraso no progresso [...]” [SÃO LUIS. Revista Espírita. Julho de 1862. Hereditariedade Moral.

Isso não deixa de encontrar, como se vê, consonância com a crença mais ou menos generalizada no movimento espírita sobre os mundos que se interpenetram.

Mas daí supor que todas as narrativas sobre tais “viveiros” são dignas de crença cega e absoluta é simples temeridade.

Emmanuel, no prefácio de Os Mensageiros, comete grave engano ao supor que André Luiz vive nos “círculos elevados do Invisível”, havendo ali, portanto, somente “vida humana sublimada”...

Nada há em Nosso Lar de sublimado. Eventos locais pagos, prisões em calabouços, fábricas de sucos, pomares, plantações, presença atuante de animais domesticados, Espíritos contraindo matrimônio não são fatos circunstanciais que possamos atribuir aos círculos de espiritualidade sublimada.

Tudo, portanto, em seu devido lugar. A literatura espírita está marcada por um novidadismo fantástico e fascinante.

Resta saber, entretanto, a extensão desses delírios para que nossa digestão não seja afetada por alimentos estragados.

Kardec desde sempre se preocupou com a atitude dos Espíritas diante das informações mediúnicas, embora essa preocupação tenha sido desprezada pelos amantes de novidades.

O critério severo para a aferição das informações espirituais foi esquecido e amesquinhado pelos espíritas desde há muito.

Importa questionarmos até que ponto nós optaremos pela ilusão de uma falsa fidelidade ao pensamento original de Allan Kardec e partiremos para uma intensa busca pela kardequização de nosso movimento.

Tais objetivos jamais poderão ser efetivados sem uma devida incorporação dos valores positivos presentes na extensa obra kardeciana em nosso cotidiano.


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Este texto é parte de uma publicação em KARDEC ONLINE.

LAMENTAÇÕES

Aglutinam-se na massa humana as pessoas desesperadas.
Uma vaga de aflição paira ameaçadora no mundo, carregando os inquietos que perderam a direção de si mesmos, vitimados pelas circunstâncias dolorosas do momento.
A insânia conduz expressivo número de criaturas que estertoram ao sabor do sofrimento, buscando fugir da realidade dos problemas, com a aparência voluptuosa de triunfadores nos patamares dos prazeres alucinantes.
A desordem campeia, e ameaças desumanas transformam-se em torpe conduta nos países do mundo, destroçados por guerras impiedosas em nome de religiões fanatizadoras, de raças asselvajadas, de interesses mesquinhos...
Os governantes da Terra perdem as rédeas da administração e negociam com organizações criminosas, estabelecendo colegiados políticos abomináveis.
A corrupção adquire cidadania, e a imoralidade desfruta de status, perturbando os valores éticos e morais.
Nuvens borrascosas avolumam-se nos céus já escurecidos da humanidade.
Tudo anuncia a chegada dos dias apocalípticos, convocando à razão, à renovação dos códigos, à interiorização espiritual.
Como consequência do período grave de transição, surgem o pessimismo, a desconfiança, as lamentações. De tal forma se vão arraigando no organismo individual e social, que os temas de conversação perdem os conteúdos ou se apresentam desconcertantes, caracterizados pelas sombras do desconforto, da mágoa, dos irrefreáveis desejos de vingança.
A lamentação grassa e perturba as mentes, impedindo a ação corretora do bem, como se não adiantasse produzir com elevação, laborar com honradez.
Lamentar não é atitude saudável. Pelo contrário, produz deterioração dos conteúdos bons que ainda remanescem em muitas vidas e movimentam-nas, sustentando os ideais de engrandecimento humano.
A lamentação, qual ocorre com a queixa sistemática, é morbo portador de destruição, de desalento e morte.
Antídoto aos males que infestam os dias atuais é ainda o amor, força única portadora de recursos salvadores.
Este é um ciclo que se encerra, dando início a outro, que se irradiará plentificador.
Os períodos de renovação fazem-se preceder por inumeráveis acontecimentos devastadores nos mais diversos aspectos da natureza.
O mesmo ocorre na área moral da humanidade.
Assim, não te desalentes, nem duvides do triunfo do bem. Não fiques, porém, inativo, aguardando que forças atavias operem miraculosamente sem a tua contribuição.
És importante no contato atual face ao que pense e como ajas.
Produze, portanto, com esforço bem direcionado, oferecendo o teu contributo valioso, por menos expressivo te pareça.
Não cedas o passo aos aventureiros da desordem.
Permanece no teu lugar realizando o que podes, deves e te cabe fazer.
Muita falta fazem Jesus e Sua doutrina no mundo.
Fala-se sobre Ele, discute-se-Lhe a mensagem, mas não se vive o ensinamento que dela deflui.
Sê tu quem confia e faz o melhor.
Se cada cristão decidido resolvesse por viver Jesus, a paisagem atual se modificaria, e refloresceria a primavera no planeta
em convulsão.
Assim sendo, ama e contribui em favor do progresso, sem lamentação de qualquer natureza, em paz e confiança.


JOANNA DE ÂNGELIS

Joanna de Ângelis realiza uma experiência educativa e evangélica de altíssimo valor perante a Humanidade. Tem sido colaboradora de Jesus nas suas diversas reencarnações. A última, ocorreu em Salvador (1761 - 1822), como Sóror Joana Angélica de Jesus, tornando-se Mártir da Independência do Brasil. A penúltima, viveu no México (1651 - 1695), como Sór Juana Inés de la Cruz, tendo sido a maior poetisa da língua hispânica. Viveu na época de São Francisco (século XIII), como Clara de Assis, conforme se apresentou a Divaldo Franco, em Assis, na Itália. Também viveu no século I, como Joana de Cusa, piedosa mulher citada no Evangelho, que foi queimada viva ao lado do filho e de cristãos outros, no Coliseu de Roma. É autora de mais de 55 obras e mensagens belas e profundas, través da psicografia de Divaldo Franco.
É um Espírito generoso que todos temos aprendido a amar.
:: Mensagens de Tia Neiva            
RELÓGIO DE NOSSO SOL INTERIOR



Salve Deus! Meu filho Jaguar: 
Quando dormimos, os três reinos de nossa natureza, na sua totalidade, ficam para atender às exigências do corpo. De vez em quando nossa alma sai a vaguear e, conforme sua mediunidade chega mesmo a demorar-se fora do corpo. Passeia, vai e adquire ilustrações, muitas vezes em busca da cura do próprio corpo físico. Então, vamos seguir o relógio do nosso Sol Interior: 
6 horas – Aqui começa o nosso relógio. Se quisermos ter segurança ou viver firmes com nossas vibrações, saiba que às 6 horas da manhã teremos que nos levantar, mesmo que seja por apenas dois minutos, para reunirmos os três reinos da nossa natureza e voltar a alma ao corpo sem qualquer prejuízo para o sistema nervoso. Não importa que volte a dormir novamente. 

9 horas – Precisamos de cuidados. É um horário significativo para as forças que estão dentro de nós. Estamos expostos a qualquer tipo de negócios, bons ou maus. Maus porque pedimos muitas vezes o que é impossível. Dificilmente sabemos o que pedimos. Retifico: Sim, porque a força pode nos oferecer o que precisamos. É uma força manipulada, que penetra em nosso sol interior e que se faz vida, pensamentos, inteligência. É a força universal! É a força absoluta de Deus Pai Todo Poderoso. É a realização do plexo, forças reunidas dos três reinos de nossa natureza. Força que realiza nosso sol interior. Precisamos de muita cautela; precisamos de muito amor. Digo o que está dentro de nós, o que temos formado dentro do nosso sol interior. Sendo ou não Iniciados, o horário da vida é um só. Digo, perigo das seis às nove horas, porque não temos alguém em nossa vigília. Corremos o perigo dos pedidos e das dádivas. Muita gente concentra suas vibrações no ódio – eis o perigo! 

9 às 10 horas – Horário Iniciático Evangélico – Bom para os acertos sentimentais. Horário dos encontros amorosos, da realização de negócios, tudo sob a energia do prana, que neste horário já emitiu os seus eflúvios por todo este universo. 

10 às 11 horas - Neste período já começam as perturbações. As pessoas mal assistidas começam a sentir peso nos chacras e nas frontes. Falo dos desprovidos de força crística. É um horário em que estamos vulneráveis. Pode ser bom ou pode ser ruim. 

11 às 12 horas – É um período neutro. 

12 horas – Ao pique do meio dia, não devemos fazer negócios. Preces para os enfermos, não devemos fazer nada, porque é a hora em que age a força significativa dos Grandes Iniciados, atuando nos poderosos mundos negros! É um período de grandes decisões nos vales negros! Existem trabalhos feitos que exigem grande energia para realizá-los. Existe, porém, tanta precisão nesses trabalhos e o período é tão curto que a nossa lei é se acautelar neste horário. 

12 às 13 horas – Vamos explicar, então: este período que, apesar de tudo, é de esperança e, na realidade, de 13 às 14 horas a influência é a mesma. Como já disse, é um período de esperança! 

14 às 16 horas – É um ótimo período para qualquer negócio, no campo sentimental, emocional, nos negócios, nas profissões. É um período governado pelo planeta Marte. Neste horário, uma Amacê desprende-se de Marte e chega à Terra, onde distribui seus eflúvios, harmonizando a todos. 

16 às 16:30 horas – Neste período o ciclo se modifica completamente. É um período em que parece que a Terra vai parar. Gera insegurança e uma espécie de medo! Período muito curto - nem chega a trinta minutos – em que uma avalanche de anti-neutrons escandaliza toda a natureza, e todos, crísticos ou não, se aproveitam de forças anteriores e se reforçam na graça de Deus. Este é o horário da Lei do Auxílio. Se o Homem pensasse um pouco, porém, evitaria andar em seu carro e tomaria certas precauções e cuidados. Diziam os antigos Arcanos que a Terra pegava fogo. Acredito que este período não atinge o mestre Jaguar, porque o Jaguar é ionizado de qualquer vibração dos espíritos que estão fora da Lei de Deus, apesar de que esses espíritos vêm em busca de uma oportunidade para se refazerem de seus traumas e se revestirem de sua consciência. Graças a Deus, é um período passageiro. 

17 horas - O planeta Marte volta. É o eterno movimento: vem uma grande força, é manipulada no homem e volta, sendo levada para os mundos onde o homem não é evangelizado. Nada se perde, tudo é aproveitado na evangelização dos seres, em Deus Pai Todo Poderoso. 

17 às 18 horas – As Amacês fazem por toda a Terra um balé de forças. Emitem a inteligência, a religião e também a energia. É a hora da vida e da morte. Quando estamos nos planos espirituais, onde o Homem se queixa da falta de um comunicado, de um esclarecimento, de sua vida religiosa ou doutrinária, ele é levado à Terra, onde lhe é mostrado, neste horário, a grande Atalaia, onde tudo está esclarecido, onde ele sabe que, por sua própria culpa, abandonou sua grande oportunidade. A obra de Deus é perfeita, não tem mistérios nem subterfúgios. É um bom período para negócios e grandes eventos nos laboratórios e nas oficinas. Está ali tudo o que o Homem precisa. O Homem não se esclarece em Deus Pai Todo Poderoso porque não quer! Ele teve a mente aberta, teve a inteligência, teve tudo, e tudo abandonou! Esta é hora de Deus; de Deus Pai Todo Poderoso. 

18 às 19 horas – O Homem que quer aproveitar a Terra e os seus dias vê a grande transformação das 18 às 19 horas, inclusive do clima. É uma mudança brusca. É a transformação de si próprio, mesmo que o Homem esteja amargurado ou que tenha o seu coração cheio de amor. É o horário em que o Homem recebe as energias das grandes Amacês. É a hora das grandes transformações, principalmente naquele Homem que não quer ser vítima do seu destino, daquele homem que não fez o seu rosário de dor. É a hora em que o Homem recebe a coragem, as coisas ficam boas e ele deseja o que realmente tem, o que ele fez e o que é dele. É um período em que três Amacês de planetas diferentes vêm, na graça de Deus, sustentar a Terra. É a hora em que uma criança que não tem o que comer nem com o que se cobrir, não sente fome nem frio porque é alimentada pelas grandes energias cósmicas, onde vive Jesus. Salve Deus! 

19 às 21 horas – É um período normal, sem contratempos. É bom para negócios, amores e família, enfim, nas coisas de suas realizações, coisas que estão em sintonia com sua harmonia. 

21 às 22 horas – É um período igual ao anterior. 

22 às 23 horas – Este é um período muito ruim. Cheio de pensamentos, a alma começa a vaguear, trazendo sustos e superstições. Não vai longe, nem perto, e volta ao corpo, na maioria das vezes trazendo sonolência e insegurança. Sim, retifico, quando o Homem está desarmonizado. Se estiver harmonizado, tudo bem. È um horário sem alimentação de energia. 

23 às 24 horas – Neste período, estando ou não harmonizado, o Homem passa melhor,digo, o Homem desarmonizado e o Homem harmonizado. O Homem não sendo harmonizado, no horário de equilíbrio deste Universo não sofre as conseqüências, porque, quando as Amacês, nos bons horários, se dispõem a trazer energias, elas trazem e curam o Homem na individualidade, sendo crístico ou não, e sua defesa é uma só, não dependendo dele o esforço de uma boa sintonia. A própria manipulação no tempo dos eflúvios que vai recebendo, ele vai se equilibrando e, por incrível que pareça, este Homem pode ficar curado para toda a vida. Só não se equilibra o Homem que carrega em suas costas seu rosário de dor. Este tipo de Homem é quase impenetrável. 

24 horas (meia noite) – Abrem-se os portões dos cemitérios e os espíritos se movimentam, isto é, entrando e saindo. Este período vai até 1:30 horas da madrugada. Em compensação, muitas energias das estrelas, tais Harpásios e muitas outras estrelas como ela, ajudam estes espíritos. 

1:30 às 2 horas – É a grande preparação para a chegada dos Centuriões. Pequenas amacês de várias e pequenas origens, fazem a preparação para a chegada dos Centuriões. É a hora da Doutrina! É a hora da elevação dos espíritos. Por todo este universo funciona da mesma maneira. Falanges de todo jeito, espíritos de todo calão. É muito complexo para se descrever este horário. Há também outra qualidade de Homem, com pensamentos complexos, neste período. Vista dos planos espirituais, a Terra fica muito triste neste período, até às 2 horas da madrugada. 

2 às 3 horas da madrugada – É o período da Cura e da Luz. 

3 às 5 horas – É a hora dos aromas das matas, é a hora dos Caboclos. É um horário bom para se estar dormindo, durante este período. 

5 às 6 horas – Este é um período igual ao anterior. 


Salve Deus! Com carinho, a Mãe em Cristo Jesus, 

Vale do Amanhecer- ano de 1984.


A BIBLIA DO CAMINHO


No momento grave que todos vivemos, renteando com a dor e ante o deslumbramento das Ciências avançadas, voltamos para o Teu Evangelho de vida eterna, buscando as soluções.

Desafiando as inteligências, os problemas intrincados do comportamento surgem ameaçadores, parecendo levar de roldão a cultura, a ética e a civilização.

Não obstante, confiados na Tua promessa de que ficarias conosco até o fim, permanecemos na inteireza do ideal espírita, trabalhando, otimistas, por um mundo melhor.

Enfrentando as complexidades da hora de transição do planeta, abrimo-nos ao amor iluminado pelo conhecimento espírita, na certeza de que este amor é depositário dos recursos que solucionarão todas as dificuldades.

Utiliza-te de nossa fragilidade, que é tudo de quanto dispomos para oferecer-Te, trabalhada, entretanto, com o material da fé racional e do sentimento esclarecido com que edificaremos o mundo melhor de amanhã.

Viajores fracassados que somos desde os séculos passados, reunimos, na atualidade, os frutos amargos da sementeira ancestral, numa colheita de aflição e de provas.

Todavia, encontramos, também, as estrelas luminosas que fulguram nesta noite, apontando-nos o rumo, que são os Teus mensageiros, ora corporificadas nas artes, na ciência, na filosofia, na abnegação e na fé, para servirem de pilotis sobre os quais será erguido o templo da fraternidade universal.

Jesus, porque não desdenhaste a cruz, embora vivesses no sólido dos astros, ensina-nos mansidão e candura, no madeiro das nossas próprias faltas, antecipando a madrugada libertadora da nossa ascensão com as asas da sabedoria e do conhecimento na direção do Teu amor.

Abençoa, não somente os equivocados, mas também os que comprometem as consciências e destroem as esperanças.

Apieda-Te dos caídos, todavia compadece-Te, igualmente, dos que derrubam os outros e passam, aparentemente, incólumes.

Socorre os infelizes, sem embargo distende a Tua misericórdia sobre os infelicitadores, porque todos eles, os que corrompem e infelicitam hoje, não fugirão da consciência ultrajada, retornando ao carreiro das aflições purificadoras...

Por fim, faze de nós exemplos da Tua mensagem, nesta obra de fé espírita, nesta antemanhã de uma humanidade mais feliz, para que despertemos além das sombras, sem dor e sem amarguras...

Bezerra de Menezes (espírito), psicofonia de Divaldo Franco transcrita e publicada no livro Compromissos Iluminativos.


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RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

Algumas religiões estão mais preocupadas coma arrecadação do vil metal, do que com o ensinamento religioso. 


É uma igreja em cada esquina. 
A religião não é apenas uma, são centenas.

A espiritualidade é apenas uma.


A religião é para os que dormem a espiritualidade é para os que estão despertos.

Será que todos que procuram desesperadamente socorro nessas igrejas estão despertos ou são vítimas de lavagem cerebral?

O sofredor está mais aberto para a inserção de pessoas que querem tirar proveito, pois para ele tudo é difícil até uma simples consulta médica.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.

A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.·.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.

A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.

A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro".

Pelo que vemos no dia a dia a missão dos repassadores da palavra do grande Mestre Jesus não é esta, a finalidade precípua é outra, pois além do crescimento material, o patrimônio monetário cresce a passos largos.

A religião reprime tudo, te faz falso.

A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.

A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.


Jesus Cristo esteve na Terra pregou o amor e o perdão, nasceu pobre, continuou pobre, profetizava em qualquer lugar e jamais pediu em troca de suas pregações, dízimos exorbitantes, pois para ele o dinheiro não era tudo e sim o bem estar do povo onde ele habitava.

Certa vez o perguntaram: “Mestre é justo pagar tributo a César”?

Ele na sua sabedoria divina respondeu:

“Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Deus precisa de dinheiro?

É bom que se frise de que Deus não deu poder a ninguém.

Contemplou o homem com a inteligência, o livre-arbítrio e o instinto, mas aqueles que não seguem os regulamentos divinos estarão sujeitos as Leis de Ação e Reação e a de Causa e Efeito’, que são infalíveis.

A religião inventa.

A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.

A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.

A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.

A espiritualidade é causa de União.

A Bíblia tem se tornado um grande arsenal nas mãos de muitos religiosos.

A religião lhe busca para que acredite.

A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.

A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.

A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.

A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.

A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.

A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.

As religiões deveriam ter mais preocupação para que seus fiéis estudassem mais a contento a espiritualidade, mas estão preocupadas com o crescimento seja em nível nacional ou mundial.
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A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.

A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.

A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.

A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.

A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.

A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.

A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.




Pense nisso!

RECEBI, GOSTEI E REPASSO!

Senhores e caros irmãos espíritas.

Não sois mais principiantes em Espiritismo.

Assim, hoje deixarei de lado os detalhes práticos sobre os quais, devo reconhecer, estais suficientemente esclarecidos, para considerar a questão sob um aspecto mais largo, sobretudo em suas conseqüências.

Este lado da questão é grave, o mais grave incontestavelmente, pois que mostra o objeto para onde se inclina a Doutrina e os meios para atingi-lo.

Serei um pouco longo, talvez, pois o assunto é muito vasto e, contudo, restaria ainda muito a dizer para completá-lo.

Assim, reclamarei vossa indulgência considerando que, não podendo ficar convosco senão por algum tempo, sou forçado a dizer de uma só vez o que, em outras circunstâncias, eu teria dividido em várias partes.

Antes de abordar o ângulo principal do assunto, creio dever examiná-lo de um ponto de vista que, de certo modo, me é pessoal.

Todavia, se não se tratasse senão de uma questão individual, seguramente com ela eu não me ocuparia; porém, ela se liga a várias questões gerais, podendo resultar instruções para todo mundo.

Foi esse o motivo que me levou a aproveitar esta ocasião para explicar a causa de certos antagonismos que muita gente se admira de encontrar em meu caminho.

No estado atual das coisas aqui na Terra, qual é o homem que não tem inimigos?

Para não os ter, fora preciso não estar na Terra, por ser esta a conseqüência da inferioridade relativa de nosso globo e de sua destinação como mundo de expiação. Para isso, bastaria fazer o bem?

Oh! Não; o Cristo não está aí para o provar?

Se, pois, o Cristo, a bondade por excelência, foi alvo de tudo quanto à maldade pôde imaginar, por que nos admirarmos de que assim suceda com aqueles que valem cem vezes menos?

O homem que pratica o bem - isto dito em tese geral - deve, pois, esperar contar com a ingratidão, ter contra ele aqueles que, não o praticando, são ciumentos da estima concedida aos que o praticam.

Os primeiros, não se sentindo fortalecidos para se elevarem, procuram rebaixar os outros ao seu nível, pondo em xeque, pela maledicência ou pela calúnia, aqueles que os ofuscam.

Ouve-se constantemente dizer que a ingratidão com que somos pagos endurece o coração e nos torna egoístas; falar assim é provar que se tem o coração fácil de ser endurecido, porquanto esse temor não poderia deter o homem verdadeiramente bom.

O reconhecimento já é uma remuneração do bem que se faz; praticá-lo tendo em vista esta remuneração, é fazê-lo por interesse.

E depois, quem sabe se aquele a quem se faz um favor, e do qual nada se espera, não será levado a melhores sentimentos por um reto proceder?

É talvez um meio de levá-lo a refletir, de abrandar sua alma, de salvá-lo! Esta esperança é uma nobre ambição; se nos decepcionamos, não teremos realizado o que nos cabia realizar.

Entretanto, não se deve crer que um benefício que permanece estéril na Terra seja sempre improdutivo; muitas vezes é um grão semeado que só germina na vida futura do beneficiado.

Várias vezes já observamos Espíritos, ingratos como homens, serem tocados, como Espíritos, pelo bem que lhes haviam feito, e essa lembrança, despertando neles bons pensamentos, facilita-lhes o caminho do bem e do arrependimento, contribuindo para abreviar-lhes os sofrimentos.

Só o Espiritismo poderia revelar este resultado da beneficência; só a ele estava dado, pelas comunicações de além túmulo, mostrar o lado caridoso desta máxima: Um benefício jamais é perdido, em lugar do sentido egoísta que lhe atribuem. Mas, voltemos ao que nos concerne.

Pondo de lado qualquer questão pessoal, tenho adversários naturais nos inimigos do Espiritismo. Não penseis que me lastime: longe disto!

Quanto maior é a animosidade deles, tanto mais ela comprova a importância que a Doutrina assume aos seus olhos; se fosse uma coisa sem conseqüência, umas dessas utopias que já nascem inviáveis, não lhe prestariam atenção, nem a mim.

Não vedes escritos muito mais hostis que os meus quanto aos preconceitos, e nos quais as expressões não são mais moderadas do que a ousadia dos pensamentos, sem que, no entanto, digam uma única palavra?

Dar-se-ia o mesmo com as doutrinas que procuro difundir, se permanecessem restritas às folhas de um livro.

Mas, o que pode parecer mais surpreendente, é que eu tenha adversários, mesmo entre os adeptos do Espiritismo.

Ora, é aqui que uma explicação se faz necessária.

Entre os que adotam as idéias espíritas, há, como bem sabeis, três categorias bem distintas:

1. Os que crêem pura e simplesmente nos fenômenos das manifestações, mas que não lhes deduzem nenhuma conseqüência moral;

2. Os que vêem o lado moral, mas o aplicam aos outros e não a si próprios;

3. Os que aceitam para si mesmos todas as conseqüências da Doutrina, e que praticam ou se esforçam por praticar a sua moral.

Estes, vós bem o sabeis, são os verdadeiros espíritas, os espíritas cristãos. Esta distinção é importante, porque explica bem as anomalias aparentes.

Sem isso seria difícil compreender-se a conduta de certas pessoas.

Ora, o que reza esta moral?

Amai-vos uns aos outros; perdoai aos vossos inimigos; retribuí o mal com o bem; não tenhais ódio, nem rancor, nem animosidade, nem inveja, nem ciúme; sede severos para convosco mesmos e indulgentes para com os outros.

Tais devem ser os sentimentos de um verdadeiro espírita, daquele que vê o fundo e não a forma, que põe o Espírito acima da matéria; este pode ter inimigos, mas não é inimigo de ninguém, pois não deseja o mal a ninguém e, com mais forte razão, não procura fazer o mal a quem quer que seja.

Como vedes senhores, este é um princípio geral, do qual todo mundo pode tirar proveito.

Se, pois, tenho inimigos, não podem ser contados entre os espíritas desta categoria, porque, admitindo-se que tivessem legítimos motivos de queixa contra mim, o que me esforço por evitar, isto não seria motivo para me odiarem, considerando-se que não fiz mal a ninguém.

O Espiritismo tem por divisa: Fora da caridade não há salvação, o que significa dizer: Fora da caridade não há verdadeiros espíritas.

Concito-vos a inscrever, doravante, esta dupla máxima em vossa bandeira, porque ela resume ao mesmo tempo a finalidade do Espiritismo e o dever que ele impõe.

Texto extraído do Discurso pronunciado nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux, do livro Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec, de Allan Kardec, FEB, 2005.