sexta-feira, 18 de novembro de 2011

 
CREMAÇÃO NA ÓTICA ESPIRITUAL



  Emmanuel, no livro O Consolador, psicografado por Chico Xavier, quando lhe perguntam se o Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos, a resposta é a seguinte: "Na cremação, faz-se mister exercer a caridade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tonus vital, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material".

  Chico Xavier, ao ser indagado no programa Pinga Fogo quanto à cremação de corpos que seria implantada no Brasil, respondeu: "Já ouvimos Emmanuel a esse respeito, e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em ambiente frio".

  Richard Simonetti, em seu trabalho Quem tem Medo da Morte (Gráfica S. João, Bauru, SP), registra que "nos fornos crematórios de São Paulo, espera-se o prazo legal de 24 horas, inobstante o regulamento permitir que o cadáver permaneça na câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar", observando que os "Espíritas costumam pedir três dias", mas "há quem peça sete".

  Diz-se que, com o desencarne, os laços que unem o corpo físico com o perispírito se desfazem lentamente, a começar pelas extremidades e terminando nos órgãos principais, cérebro e coração. Assim, o desligamento total somente ocorre com o rompimento definitivo do último cordão fluídico que ainda liga ao corpo. Afirmam ainda que se o espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao espírito, mas transmite impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente do desligamento violento.

  Kardec, na questão 164 de O Livro dos Espíritos, faz a seguinte indagação:
- "Todos os Espíritos experimentam, num mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?"

  E a resposta dos amigos espirituais é a seguinte:

- "Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto que o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito mais tempo a impressão da matéria."

  Sócrates (o filósofo) respondia com justeza aos seus amigos que lhe perguntavam como ele queria ser enterrado:

  "Enterrai-me como quiserdes, se puderdes apoderar-vos de mim."

Segundo tia Neiva :



Com a prática de cremação dos cadáveres, recente no Ocidente mas milenar nas correntes do Oriente, surgiu a dúvida se o corpo do Jaguar poderia ser cremado. Tia Neiva se mostrou contrária, dizendo que, em muitos casos, o espírito fica junto ao seu corpo, no cemitério, relutando em partir. Se cremado, essa situação seria muito dolorosa para aquele espírito. Mas, vamos despertar para uma realidade: o mestre ou a ninfa Jaguar, com suas consagrações e seu conhecimento, certamente não ficará prisioneiro de um cemitério, ligado ao seu cadáver. Depois de passar pela Pedra Branca, seguirá seu destino e não voltará à Terra tão cedo.
Além disso, o charme (*) é uma energia e não é material, ligando-se aos restos do corpo humano falecido. Ora, tanto faz ser a carne que vai se desintegrando, através do tempo, e acaba desaparecendo, como as cinzas, restos materiais de um corpo, a energia não se desfaz, e o charme permanece até ser recolhido, em uma nova reencarnação, por aquele espírito que o gerou.
Portanto, não há qualquer empecilho à cremação do corpo do Jaguar.
Aí estão algumas colocações  abalizadas , sobre este assunto.
Salve Deus !