sexta-feira, 27 de maio de 2011

DE NOSSO AMIGO KAZAGRANDE

Excesso de Ritmo 

Continuando o assunto anterior sobre equilíbrio.

Por outro lado tem os que se “internam” no Templo. O Trino Araken afirmou claramente que “o mestre que coloca o uniforme todo o dia enlouquece”. É força demais e o plexo não agüenta.

Às vezes escuto mestres dizendo que vão se aposentar para se tornarem “empregados de Pai Seta Branca”. Têm outros que tiram férias para fazerem Escaladas de segunda a segunda e ficarem prisioneiros repetidamente. Alguns refugam empregos que exijam freqüência regular e constante, acomodando-se com parcos ganhos, mas dispondo de tempo livre para participarem dos Abatás e Alabás constantemente.

Enquanto isso, a família fica por conta própria, ou quase. Sem pai (ou mãe), nem chefe, nem marido (esposa), nem conselheiro, nem provedor, nem solucionador dos problemas, no momento em que eles surgem e reclamam atenção. Moram mal, estudam mal, não têm lazer decente, mas o “mestrão” não para de colecionar medalhas no colete.

Um dia, tal fanático descobre que o companheiro ou companheira se foi (física e/ou emotivamente), os filhos estão sendo reprovados na escola, quando não se encheram de vícios, a saúde vai mal e não tem nem aposentadoria certa ou suficiente.

Ai a culpa é de Pai Seta Branca, ou do Adjunto, ou do Presidente do Templo. Não percebem que a culpa pela desbarrancada na vida pessoal é dele mesmo (a ficha caiu), pensa em se suicidar ou, (Salve Deus!) acaba enfiando-se mais ainda no Templo, e pobres de nós aturando um chato amargurado desses...

O equilíbrio na Terra é um indicativo do equilíbrio espiritual. A condução da missão e do carma de forma controlada e produtiva demonstra a evolução alcançada pelo encarnado e a sua real condição íntima. A harmonia familiar/social e profissional/financeira se insere na máxima “as leis físicas que vos chamam a razão são as mesmas que vos conduzem a Deus” (Pai Seta Branca).

Largue disso de tanta televisão e conversa fiada, tamanha preguiça e indolência. Também fuja do excesso de ocupação em uma atividade, enquanto o resto do seu mundo desmorona por falta de manutenção. Ocupe o seu tempo com o cuidado e a objetividade de quem sabe que não é deste mundo, mas precisa muito dele por enquanto.

Trabalhe mediunicamente, trabalhe materialmente; assista à Centúria novamente, faça uma “pós-graduação”. Cuide da família, jogue bola com seus filhos, ajude-os nos deveres, leve a esposa ao cinema, não deixe para trocar a telha quebrada ou a lâmpada queimada quando não tiver uma escala para cumprir. Mas não perca as suas Escalas, nem deixe de pesquisar, refletir, ensinar e praticar esta maravilhosa Doutrina que nossa Mãe Clarividente nos trouxe dos mundos luminosos para o Vale do Amanhecer.

Não encarnamos para vivermos como espíritos. Não somos como os outros encarnados, pois somos sacerdotes. Nem lá, nem cá. Somos jaguares.

Kazagrande