sexta-feira, 27 de maio de 2011

MAIS UMA DE KAZAGRANDE

Fora de Ritmo 


Uma das minhas maiores batalhas internas foi contra o extremismo.

Encontrar o equilíbrio usando bom senso e a tolerância contra os que divergem de nossas opiniões e ações, colocando-se no lugar do outro, independente de ele “estar errado”, ou não.

Falo deste tema hoje visando o equilíbrio entre “estar no Templo” e “viver a Doutrina”.

O Templo, os Trabalhos, têm vida própria. Independem de sua específica presença física para terem continuidade. Porém, podemos avaliar que quem está mais presente, está no “ritmo” dos trabalhos, não percebe claramente quando estão mais “acelerados ou mais devagar”.

Temos um compromisso mínimo, ao realizarmos nossa Iniciação, de participarmos de um Retiro por mês e temos a Sessão Branca. Ao realizar a Elevação de Espadas, passamos a dispor do Angical, Prisão e firmamos o compromisso de uma Estrela por mês (ou por ano nos Templos mais distantes).

Ao Consagrar Centúria, como médiuns completos, nosso compromisso aumenta. Passamos a ter responsabilidades com escalas de Trabalho e Falanges Missionárias.

Ser Rama 2000 (ou escrava/madrinha de Rama 2000) implicar assumir que tem condições REAIS de poder estar presente em todos os Trabalhos Oficiais possíveis. Por isso não se deve “correr atrás” desta classificação, é uma responsabilidade muito grande! Nem sempre estamos em condições materiais para poder assumir tal compromisso e arcar com suas responsabilidades.

Bem, falava que quem está no “ritmo” correto de seus trabalhos dentro do Templo vive a Doutrina com tranqüilidade sem se fixar nas movimentações e alterações energéticas.

Quando se “afasta” por um tempo, sai do ritmo, e, ao voltar, se sente deslocado. Se aborrece com facilidade, não entende como as “coisas” estão acontecendo, acho que tudo está errado, que mexeram onde não devia, que tem mudanças, que “era de outro jeito”...

Muitas vezes acaba encontrando com outro, também fora da sintonia dos trabalhos... Seus padrões se atraem e juntos passam a criticar e reclamar, gerando uma força esparsa que irá alimentar os “irmãozinhos” que trouxeram em suas auras.

Esta falta de constância nos trabalhos, muitas vezes ainda leva o médium a seu afastamento completo da corrente, para tristeza dos mentores e festa dos seus cobradores.

Com um pouco de paciência e insistência, porém, tudo acaba se ajeitando, pega-se o ritmo, e - quem diria - caminha-se e trabalha-se muito bem nos diversos setores.

Kazagrande

(baseado em texto do Adjunto Otalevo e Aula do Trino Araken)